O uso de mercenários em conflitos bélicos não é novidade. Diferente no cenário da guerra no Iraque é a meteórica ascensão de uma companhia que, sob o comando de um radical cristão de extrema-direita, transformou-se de mero campo privado de treinamento militar em um colosso com 600 milhões de dólares somente em contratos oficiais com o governo dos Estados Unidos. A Blackwater USA assumiu essa privilegiada posição em menos de uma década.
Seu formidável crescimento coincidiu com a chegada ao poder da direita cristã, e seus negócios ganharam considerável impulso com os atentados de 11 de setembro de 2001 e com a chamada "guerra ao terror". Mas a Blackwater não atua apenas em território iraquiano, hoje ela opera em nove países. Seus agentes não são civis nem militares. Nessa espécie de limbo legal, a empresa não pode ser processada por eventuais crimes, seja pela justiça comum ou pela militar: está acima da lei. Com recursos e equipamentos suficientes para derrubar governos, companhias como a Blackwater representam uma ameaça real à democracia norte-americana e mundial. Essa é a principal advertência contida na extensa e rigorosa investigação jornalística levada a cabo por Jeremy Scahill, cujo livro esteve entre os títulos mais vendidos do ano de 2007, segundo o New York Times.
Ficha Técnica do Livro
Editora: Companhia das Letras
Assunto: História Geral
Altura: 23 cm
Largura: 16 cm
Ano de Lançamento: 2008
Número de páginas: 552
Sobre o Autor
Jeremy Sacahill é jornalista de rádio e televisão e documentarista, é colaborador regular para a revista The Nation e já atuou em coberturas internacionais no Iraque, nos Bálcãs e na Nigéria. Blackwater (2008), publicado pela Companhia das Letras, foi ganhador do renomado prêmio jornalístico George Polk de 2007. Scahill vive em Nova York.
Opiniões
"O livro mais importante e assustador sobre a agonia da democracia americana [...], e um triunfo do jornalismo investigativo." - Naomi Klein, autora de No logo.
"De todos os esforços insanos de privatização perpetrados pelo governo Bush, nenhum é mais assustador do que a terceirização das forças de combate. Jeremy Scahill expõe de forma admirável um exemplo chocante desse plano sinistro." - Michael Moore, diretor de Tiros em Columbine e Farenheit - 11 de Setembro.
Minha Opinião
Apesar do tema instigante abordado, o autor possui uma narrativa muito redundante e extensa, tornando a leitura de sua obra cansativa. Nota: 4,7
Frases
"A guerra é um negócio, e os negócios têm ido muito bem." - Introdução, p.56
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